O que já se sabe sobre morte de jovem ao salvar mulher de agressões do marido
14/10/2025
(Foto: Reprodução) O que já se sabe sobre morte de jovem ao salvar mulher de agressões do marido
O jovem Victor Hugo Aparecido Pereira Giles, de 25 anos, morreu esfaqueado ao salvar uma mulher que estava sendo agredida pelo marido no meio da rua em Bebedouro (SP) no último domingo (12).
O suspeito das agressões é o borracheiro André Luiz Cardoso, de 48 anos, que é considerado foragido.
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Abaixo, veja perguntas e respostas sobre o que já se sabe do caso:
Como foram as agressões?
Como estão as vítimas?
Quem é o suspeito?
Quem era o jovem que morreu?
Vítima e suspeito se conheciam?
Qual a linha de investigação?
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Como foram as agressões?
De acordo com o boletim de ocorrência, Victor Hugo voltava de uma festa na noite de domingo com a esposa e dois amigos, quando se deparou com uma mulher sendo agredida por André no meio da Rua Antônio Talarico, no bairro Vila Santa Terezinha.
“Eles passavam pelo local e viram um homem agredindo uma mulher com chutes, pontapés e capacetadas. Ela pedindo socorro. O que eles fizeram? Pararam o veículo (...) e desceram para socorrer a mulher”, afirma o delegado Maurício Vieira Silva.
O suspeito fugiu para casa e foi seguido por Victor Hugo e o amigo. Dentro do imóvel, Victor Hugo foi esfaqueado e o amigo, golpeado em uma das mãos.
Victor Hugo Aparecido Pereira Giles (à esquerda), de 25 anos, morreu esfaqueado em Bebedouro (SP); o borracheiro André Luiz Cardoso é suspeito
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Como estão as vítimas?
Victor Hugo foi socorrido por equipes de resgate, mas á chegou ao hospital sem vida.
O amigo dele foi internado, mas não corre risco de morte.
A mulher agredida pelo marido, por sua vez, também recebeu atendimento médico e já teve alta.
Quem é o suspeito?
O suspeito das agressões é o borracheiro André Luiz Cardoso, de 48 anos, conhecido pelo apelido de baianinho.
De acordo com o delegado, Cardoso já tem passagem pela polícia e histórico de agressão contra a companheira. Até a última atualização desta matéria, ele não tinha advogado para representá-lo.
Quem era o jovem que morreu?
Pai de Victor Hugo, o mestre de capoeira Adão Giles disse que o filho era respeitoso e não tolerava covardia.
“Eu sempre ensinei o meu filho a respeitar. Sempre que a gente estava junto falávamos sobre isso, ele cresceu nesse ambiente de proteção. Ele nunca gostou de covardia, eu também não gosto”, diz.
O jovem era casado, pai de dois filhos e dono de um lava rápido. O pai diz que ajudar as pessoas estava entre os princípios do filho. Segundo Adão, muitas pessoas perguntaram por que ele tentou defender uma desconhecida.
Vítima e suspeito se conheciam?
O delegado informou que, em princípio, vítima e suspeito não se conheciam. Já o pai da vítima conta que conhecia o borracheiro, mas os dois não eram íntimos. Ele só soube da fama violenta que o borracheiro tinha na cidade após o crime.
“Eu o conhecia, mas tinha muito tempo que eu não o via (...) Não me parecia ser uma pessoa ruim, mas eu não tinha convivência. As pessoas disseram que ele era uma pessoa violenta com a mulher.”
Segundo Adão, muitas pessoas perguntaram por que o filho tentou defender uma desconhecida.
“Se eu estivesse lá, faria a mesma coisa. É o normal da gente ajudar. Eu teria parado, socorrido, feito de tudo. Tudo o que ele fez eu teria feito. É índole, a gente já vem com isso, a nossa criação é assim de respeito, de proteger, de estar junto com as pessoas”, afirma.
Qual a linha de investigação?
Um inquérito foi instaurado para apurar os crimes de homicídio, lesão corporal e violência doméstica.
A esposa de Cardoso e a viúva de Victor Hugo já foram ouvidas pela polícia, mas outras testemunhas devem prestar depoimento nos próximos dias.
Equipes da Polícia Civil continuam as buscas para localizar o suspeito.
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